16 de jan. de 2010

Sala de aula: Regulamento de Tráfego Aéreo (parte 7)

Por Carlos Rogério Sales
Prof. e controlador aéreo
(fonte:
airandinas)

Serviço s ATS prestados nos Aeródromos

1 Aeródromos Controlados
2 Aeródromos não controlados com órgão ATS
3 Aeródromos não controlados sem órgão ATS


A grande maioria dos AD brasileiros estão incluídos no 3º ítem, que são principalmente os aeródromos privados.


Aeródromos Controlados

As TWR transmitirão informações e autorizações com objetivo de evitar abalroamento entre aeronaves :

1 – voando nos circuitos de tráfego de aeródromo (ATZ)
2 – operando na área de manobras
3 – pousando ou decolando
4 – e os veículos operando na área de manobras
5 – operando na área de manobras e os obstáculos existentes nessas áreas


Quando em vôo VFR nas proximidades de um AD controlado ou durante o taxi, serão de responsabilidade do piloto em comando da acft:

a – manter escuta da TWR do acionamento ao corte dos motores
b – manter-se em condições de transmitir, a qualquer momento, na frequência da torre
c - cumprir as autorizações de tráfego emitidas pela torre *
d – fazer chamada inicial à TWR e informa as posições críticas
e – prestar quaisquer informações úteis ao controle e à segurança de tráfego aéreo


  • Caso a autorização dada não seja conveniente ao piloto em comando, face a performance de sua acft ou por outra razão qualquer, este poderá solicitar outra autorização a qual será atendida sempre que não houver prejuízo ou conflito para o tráfego. (Esta observação vale para qualquer órgão ATC)

Algumas autorizações são muito importantes e devem ser cotejadas (repetidas) pelos pilotos. Ex.: Entrar, cruzar pela pista em uso ; Autorizações de pouso e decolagem ; Autorizações de nível, proa e velocidade.

Posições de Controle na Torre

Em aeródromos de grande fluxo de tráfego, a TWR poderá ser dividida em até três posições de controle cujo objetivo é descongestionar a frequência da TWR e facilitar o controle das acft.

1 – Autorização de Tráfego as acft recebem autorização do FPL.
2 – Controle Solo as acft receberão autorização para o acionamento e início do taxi.
3 – Torre responsável pelas acft pousando, decolando e na ATZ

OBS: Caso não exista a Autorização de Tráfego, a autorização do FPL será dada pelo Controle Solo.

Informações dadas pela TWR antes de uma Decolagem


    • Condições Meteorológicas ( VMC ou IMC)
    • Pista em uso
    • Direção e velocidade do vento
    • Ajuste do altímetro
    • Temperatura do ar
    • Hora certa
    • Autorização do FPL

Efeito da Esteira de Turbulência sobre as Aeronaves

Existem três efeitos básicos:

    • balanço violento
    • perda de altura ou velocidade ascencional
    • esforços de estrutura

Para efeitos de esteira de turbulência as aeronaves são classificadas:

H Pesada 130.000 Kg ou mais
M Média entre 136.000 e 7.000 Kg
L Leve 7.000 Kg ou menos

A TWR aplicará um mínimo de 3 minutos para separar uma acft leve ou média que pouse depois de uma acft pesada.
Nas acft decolando será aplicado um mínimo de 2 minutos entre uma acft leve ou média que decole após uma acft pesada.

Esta regra se aplicará a toda acft que:

    • utilize a mesma pista;
    • pistas transversais se as trajetórias de vôo projetadas se cruzarem;
    • pistas paralelas separadas por menos de 760 metros;
    • pistas paralelas separadas por mais de 760 metros porém, se as trajetórias de vôo se cruzarem.


Controle das Aeronaves no Circuito de Tráfego

As acft em vôo VFR deverão estabelecer contato com a TWR pelo menos 5 minutos antes da entrada no circuito de tráfego do aeródromo.

Emergências e Níveis de Alerta

Quando o piloto de uma acft se encontrar em emergência nas proximidades de um AD, deverá classificar a emergência em função de sua gravidade.

Tipos de Emergência

    • Descida de Emergência
    • Aeronave Perdida
    • Acft em vôo IMC com piloto não habilitado
    • Parada de Motores
    • Fogo a Bordo
    • Falha de Pressurização
    • Pane de Trem de Pouso
    • Pouco Combustível
    • Formação de Gelo
    • Interferência Ilícita
    • Falha de Comunicações Aeroterrestres


Classificação da Emergência

Será de responsabilidade do piloto em comando a classificação da emergencia conforme sua gravidade.

Os níveis de alerta são:

Alerta Branco – quando são remotas as possibilidades de um acidente aeronáutico. Ex.: Pane de Trem de Pouso (não recolhido); Falha de Comunicações Aeroterrestres.

Alerta Amarelo – quando são iminentes as possibilidades de um acidente aeronáutico. Ex.: Pane de Trem de Pouso (não confirmação do travamento) – Acft Perdida

Alerta Vermelho – quando é inevitável o acidente aeronáutico. Ex. Pane de Trem de Pouso (não baixado) – Fogo a bordo

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